O que é CDB?
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) já é bastante conhecido para quem aplica no mercado investidor e é uma alternativa a mais além da poupança. O CDB é indicado para investidores com perfil conservador ou até mesmo moderado porque não tem prazo determinado para resgate (se a remuneração for a prefixada), além de ter baixo risco.
Como funciona o CDB?
O CDB é um título privado, emitido por bancos e funciona como se você emprestasse seu dinheiro para a instituição financeira e cobrasse juros por isso. O objetivo desta modalidade para os bancos é captar recursos de investidores a fim de que estes repassem para terceiros em forma de empréstimo, por exemplo.
Os bancos possuem operações comerciais de empréstimos, como cheque especial, crédito direto a correntistas e financiamento de automóveis. Para viabilizar essas operações e atender aos clientes que precisam de crédito, os bancos precisam tomar dinheiro emprestado pagando juros.
Ao emitir CDBs, o banco funciona como um intermediário entre os investidores, que são uma das fontes de captação do banco, e os tomadores de empréstimo. O prazo para investimento é de, no mínimo, um mês e a rentabilidade pode ser pré ou pós fixada
Vantagens
Rentabilidade – Para começar, a rentabilidade do CDB é maior do que a da poupança. No entanto é preciso entender que a variação do rendimento do CDB vai depender do que foi combinado com o banco no momento da contratação. É claro que, quanto maior o valor e o prazo que você investir maior será a porcentagem do rendimento.
Liquidez diária. Em alguns tipos de CDB, o investidor ganha liquidez diariamente. Vamos supor que a taxa escolhida para calcular o rendimento seja o CDI. Se o banco oferecer uma rentabilidade de 92% do CDI e a taxa do CDI alcançar 13,64% em um ano o investidor ganhará 12,55% ao final dos 12 meses. Um depósito de R$ 1 mil, por exemplo, poderia render R$ 125,5.
Segurança e proteção do dinheiro. O investimento CDB é protegido pelo FGC (Fundo Garantidor do Crédito) para valores de até R$ 250 mil por CPF/emissor, o que garante que esse valor seja restituído ao investidor, caso haja falência da instituição financeira. Mas atenção: caso você tenha mais dinheiro, o ideal é dividir os recursos entre diferentes instituições financeiras de forma que nunca tenha mais de R$ 250 mil aplicados em papéis de um mesmo banco.
Desvantagens
Imposto de Renda – Uma das principais desvantagens do CDB é o fato de que esse investimento é tributado pelo Imposto de Renda, que pode variar entre 15% a 22,5% dependendo do período em que o cliente deixar o dinheiro aplicado. Além disso, pode haver a cobrança do IOF caso, por algum motivo, a aplicação dure menos de 30 dias — o que é incomum, mas pode acontecer.
Investimento mínimo. Em geral a aplicação no investimento CDB tem valores mínimos para começar o investimento, lembrando mais uma vez que, assim como o prazo, quanto maior o valor investido maior o retorno do investimento. As maiores taxas para esse título começam a ser pagas com investimento acima de R$ 50.000,00.
Taxas altas, dependendo do banco: bancos mais sólidos têm poder de barganha para oferecer taxas de juros mais baixas. Em alguns casos, cobranças extras por resgates antecipados também podem minguar seus ganhos.
Como investir em CDB
Escolha um banco emissor
Você não precisa comprar um CDB do banco onde tem conta. Pesquise os bancos que oferecem a maior remuneração. Algumas corretoras possuem plataformas de distribuição de CDB de diversos bancos, o que facilita a pesquisa. Encontrar a melhor taxa pode fazer uma grande diferença no longo prazo.
O lado bom e ruim dos bancos pequenos
Definitivamente, os bancos menores são os que oferecem as melhores condições e a maior rentabilidade. A diferença, muitas vezes, é gritante: alguns bancos pequenos, por exemplo, podem oferecer uma rentabilidade de 115% do CDI, enquanto nos bancos maiores esse valor pode descer para até 80% — isso no caso do CDB pós-fixado.
Pesquise o tipo de título que vai comprar
Você pode escolher entre CDB pré e pós-fixado ou indexado a um índice de inflação. Os prefixados são indicados quando a taxa de juros está alta, mas com tendência de queda. Já os pós-fixados são indicados para quando a tendência da taxa é subir ou permanecer alta. Já o CDB que paga um índice de inflação mais juros é indicado para quem quer proteger o poder de compra no longo prazo e ainda obter um ganho real.
Faça investimentos de longo prazo
Quanto maior for o prazo de vencimento do investimento, menor será a “mordida do leão”. Além disso, quanto maior é o prazo do investimento, melhores podem ser as condições oferecidas pelo banco e, é claro, maiores serão os seus rendimentos!
Negocie a taxa
É importante sempre negociar a taxa de remuneração com o banco antes de definir a compra de um título. E se o banco quiser pagar menos de 95% do CDI pela aplicação, costuma ser mais interessante emprestar dinheiro ao governo e comprar LFT pelo Tesouro Direto, com um risco menor.
Sempre compare os investimentos
É fundamental que você compare o retorno obtido com o CDB e outras aplicações, como a poupança, a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e o Tesouro Direto, por exemplo. É fundamental que você sempre varie os seus investimentos para conseguir segurança e rentabilidade simultaneamente!
Dicas importantes
Nem todos os CDB possuem liquidez diária. Isso quer dizer que o investidor pode ter de esperar o término do prazo de carência para resgatar os recursos. Nesses casos, entretanto, geralmente o retorno é mais interessante.
Se você não sabe quanto tempo poderá deixar o dinheiro investido, é arriscado abrir mão da liquidez diária. Nesses casos, uma solução interessante é investir em um tipo de CDB conhecido como escalonado ou progressivo.
Esse título de renda fixa garante liquidez diária, mas, ao mesmo tempo, prevê o aumento da remuneração à medida que o prazo de investimento fica maior.