A espera é sempre um martírio. E quando estamos esperando para receber os nossos lucros, parece que um dia é como mil anos, não é mesmo?
Você sabia que o tempo é um dos fatores mais importantes e determinantes na hora de escolher um investimento? E que dependendo do prazo você pode aumentar seu lucro ou até mesmo perder tudo que investiu?
Mas agora você deve estar se questionando: quanto tempo vou precisar esperar até que eu consiga obter algum lucro com a minha aplicação financeira?
Pensando nisso, organizamos hoje neste post uma lista dos prazos das principais aplicações financeiras. Assim você não fica desesperado e consegue se planejar (e comemorar!) quando o seu rendimento chegar. Vamos lá?
- CDB: um bom investimento para quem precisa resgatar no curto prazo
Investimento de renda fixa, o CDB é conhecido por ter liquidez diária e por ter ótima flexibilidade de resgate (há casos em que se pode resgatar em até 1 dia após o investimento). É claro, que quanto menor for o prazo que o seu dinheiro for resgatado menor ele vai render, portanto o melhor a fazer é pensar bem nesse prazo.
Também vale lembrar que existem dois tipos de CDB: os pré-fixados, que permitem saber exatamente quanto você irá receber após o prazo combinado e os pós-fixados, que são aqueles que variam de acordo com o indexador (geralmente o CDI).
Veja os prazos mínimos do CDB para o Banco Santander, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica.
2. Tesouro Direto: boa liquidez tanto no curto, médio e longo prazo
Entre os muitos benefícios de se investir no Tesouro Direto está a flexibilidade de poder resgatar o dinheiro quando quiser. Se você pensava que só a poupança permitia o resgate mensal, está enganado. Não há prazo de carência para o investidor revender os títulos ao Tesouro Direto. Mas lembre-se: títulos com prazos menores têm maior risco de reinvestimento, já que você pode não encontrar as mesmas taxas da aplicação anterior.
Consulte da data de vencimento e rentabilidade dos títulos aqui.
Uma dica do educador financeiro, Rafael Seabra, é recomprar o mesmo título (com o mesmo valor e data de vencimento), é claro que existem riscos como não poder negociar as mesmas taxas do investimento anterior, mas, segundo ele, em época de juros altos, vale aproveitar os títulos com vencimentos entre 2017 e 2019. “O destaque aqui vai para a NTN-B Principal com vencimento em 05/2019”, aconselha.
Confira o post “Dez motivos para investir no Tesouro Direto”
3. Poupança: não resgate antes do aniversário
Como orientamos no post “O que é a poupança e porque ela está em decadência” e também no post “Passo a passo para ganhar dinheiro com aplicações financeiras” é preciso acompanhar a data de aniversário da poupança, que é o dia do mês em que você fez o primeiro depósito, pois, se você resgatar o seu dinheiro antes desse dia vai perder o seu rendimento.
4. Ações: longo prazo é mais seguro
Uma das aplicações financeiras que demoram mais tempo para “lucrar” porque precisam de um longo prazo para resgate de rendimentos são as ações. Isso acontece porque as ações estão sujeitas a oscilações, ou seja, podem sofrer perdas em algum momento e se recuperar adiante, ao longo do tempo.
Leia aqui: Os mitos e verdades sobre a bolsa de valores
O ideal é que você estude a empresa onde irá comprar ações, adotando a análise técnica ou fundamentalista, assim evita eventuais “surpresas” no meio do caminho.
Veja aqui a lista completa de ações da bolsa.
Obs: Para saber o prazo de liquidação da ação, basta clicar no tipo de ação que você quer e em seguida clicar em “liquidação e custódia”. Observe que o termo “D+1”, “D+2” significa o número de dias úteis necessários para que os recursos da transação estejam disponíveis. Os prazos vão variar de acordo com o tipo de transação a ser realizada.
Veja aqui como funcionam os prazos de compensação de depósitos e pagamentos da Bolsa
5. LCI e LCA: investimento de médio prazo
Os LCIs (títulos de renda fixa emitidos por bancos para financiar negócios imobiliários) e os LCAs (Letras de Créditos do Agronegócio), seguem os mesmos parâmetros de investimento, sendo que os dois são isentos de imposto de renda e valor mínimo de aplicação. Eles são um tipo de aplicação financeira que não permitem resgatar o dinheiro no curto prazo. Apesar de serem seguros (com cobertura do FGC de R$ 250 mil) e de baixo risco é preciso deixar o dinheiro aplicado por pelo menos 90 dias. O ideal mesmo é deixar o dinheiro aplicado de seis meses até 1 ano.
Lembrando que existem três LCIs e LCAs:
- Com rentabilidade fixada no CDI (pós-fixados);
- Com rentabilidade fixa (prefixados);
- Com rentabilidade atrelada à inflação (IPCA)
Vale lembrar que no mercado financeiro a percepção de período de tempo é um pouco diferente da nossa. Por exemplo, o que é curto prazo para você? 1 dia, 1 mês? Tenha consciência que o curto prazo para a maioria das aplicações financeiras é de 6 meses a 2 anos, o médio prazo é de até 5 anos e o longo prazo é considerado o período de tempo superior a 5 anos. Lembre-se: a pressa é a inimiga da perfeição e nesse caso, também é inimiga das aplicações financeiras.
Gostou deste post? Deixe um comentário!