Como funciona investir na poupança?
Investir na poupança é fácil? Uma poupança pode ser aberta por qualquer pessoa em uma agência bancária, por meio de um gerente.
O dinheiro investido na poupança pode ser retirado em qualquer momento e a quantidade mínima necessária para iniciar o investimento varia de banco para banco. O rendimento da poupança é mensal e o valor é atualizado na data de abertura.
Baixo risco para investir na poupança
Investir na poupança tem baixo risco que você fez o investimento falir? Nesse caso, o Fundo Garantidor de Créditos garante ao investidor o valor de até R$ 250 mil.
A Poupança é garantida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), instrumento interbancário que garante a todo investidor que, em caso de quebra do banco, terá pelo menos parte de seu dinheiro de volta.
No limite do FGC entra tudo: conta corrente, fundos e poupança. Se você tem mais do que 250 mil poupados, não há garantias de que você verá esse excedente em caso de quebra de bancos. Ou seja, alguém que tenha R$ 50 mil irá recuperar tudo. Porém, se a pessoa tiver R$ 300 mil, perderá R$ 50 mil.
Para sacar o dinheiro da poupança tem custo?
O dinheiro investido na poupança pode ser aplicado ou retirado sem custos, desde que não ultrapasse o limite de dois saques mensais. A partir do terceiro saque, os bancos já podem tarifar. A regra também é válida para a realização de transferência de dinheiro da conta poupança para uma outra conta de mesma titularidade.
A Poupança é isenta de Imposto de Renda?
Os rendimentos da Poupança são isentos de IR se você lucrar até R$ 40 mil em um ano, ou seja, excedente a este valor anual paga imposto. Além disso, as vantagens da poupança é que pode ser retirada a qualquer hora que precisar.
Depósitos e saques da poupança são automáticos, saem e caem na sua conta quando você termina de apertar as teclas no seu computador ou terminal bancário. A maioria dos outros investimentos exige três dias para resgates não-programados.
A simplicidade de investir na caderneta de poupança é também um diferencial. Sem contratos para assinar, sem aporte mínimo, sem burocracia. É o dinheiro simples, é o feijão com arroz de todo dia. Você não precisa pensar, não precisa calcular, não precisa nada para ter a Poupança, e sabe que ela estará sempre lá.
A poupança é recomendada para alguns fins:
- Contas do mês – Que tal depositar em uma poupança o equivalente ao que você gasta todo o mês em contas? Assim, na hora de pagar, você ganhará um juro modesto, mas que se beneficia da regra de todo juro composto.
- Fundo de emergência – Equivalente a quatro a seis meses de despesas, o fundo de emergência é um dinheiro que você não mexe, que não se importa com grandes ganhos, mas que está lá para lhe socorrer caso precise.
- Dinheirinho extra – A poupança não tem aporte mínimo, mas outros investimentos têm. Que tal colocar na poupança aqueles R$ 100, R$ 50 que sobram no mês para ganhar um pequeno rendimento até ter o suficiente para aplicar em algo mais vantajoso?
Desvantagens de investir na poupança
Mesmo com os atributos citados, a caderneta vem deixando de lado seu brilhantismo nos últimos anos. A mudança das regras do rendimento da poupança, em maio de 2012, foi uma espécie de divisor de águas nesse sentido.
Os depósitos realizados a partir daquela data passaram a respeitar os seguintes critérios de cálculo:
- Se a taxa de juros básica (Selic) for menor ou igual a 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic mais a TR (Taxa Referencial);
- Caso a Selic seja superior a 8,5% ao ano, a poupança tem rentabilidade fixa: 0,5% mais a TR.
O fato é que, de julho de 2013 – quando a Selic estava em 8,5% ao ano – até outubro de 2016,a taxa básica de juros foi subindo mês a mês, batendo 14,25%.
Esse percentual vigorou de julho de 2015 a outubro do ano passado, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu reduzir a Selic para 14%. A expectativa é que os juros caiam gradualmente neste ano – atualmente, eles estão em 13%.
Mas o que tudo isso tem a ver com o rendimento da poupança? Simples: a alta dos juros nos últimos anos tentou conter a escalada da inflação no país. Em 2015, para se ter uma ideia, a inflação fechou o ano em 10,67%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Naquele ano, a poupança rendeu 8,07%, ou seja, a rentabilidade real foi negativa. Em 2016, a caderneta teve uma leve recuperação e fechou o ano com retorno de 8,3%, rendimento que superou a inflação de 2015 de 6,29%.
A forma de cálculo da rentabilidade da poupança foi alterada em 2012 para manter a sua rentabilidade sempre abaixo da Selic. Com a queda da Selic em 2012, a poupança ficaria mais rentável que outros investimentos de renda fixa, e “puxaria” uma parcela ainda maior das economias dos brasileiros.
Mas para evitar essa concentração de dinheiro na poupança, as regras foram alteradas, deixado a poupança menos atraente para o investidor.
Investimento seguro que rende mais que a poupança
Além de render mais que a poupança, os títulos públicos são ainda mais seguros que a tradicional caderneta.
É que, diferentemente da poupança, em que há o risco de o banco falir e você ficar protegido apenas no limite de R$ 250 mil oferecidos pelo FGC, no caso dos papéis emitidos pelo Tesouro Nacional, esse risco é quase inexistente.
Em outras palavras, os títulos públicos são o investimento mais seguro do mercado, pois são garantidos 100% pelo Tesouro Nacional, considerado o melhor credor da economia.
Os títulos públicos são ativos de renda fixa emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar a dívida pública nacional. Eles possuem diversas características que o investidor brasileiro adora, como a grande previsibilidade de retorno, liquidez diária, baixo custo, baixíssimo risco de crédito, e a solidez de uma instituição enorme por trás.
Agora é pesquisar sobre o melhor investimento para o seu perfil.