Mitos e verdades sobre investimento em bolsa de valores

Dinheiro, telefones tocando, pessoas gritando, letreiros coloridos piscando. Se você imagina que investir na bolsa de valores é como uma cena do filme “O Lobo de Wall Street”, está na hora de rever seus conceitos.

A bolsa de valores funciona a partir de ações. Segundo a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), as ações podem ser definidas como “uma parte de uma empresa”. Ou seja, quando você compra uma ação de uma determinada corporação, está comprando uma parcela dela. Cada parcela é chamada de cota. Quanto maior o valor da ação, maior é a sua parte daquela empresa. Vamos conhecer os mitos e verdades dos investimentos da bolsa de valores?

mitos e verdades sobre investimento na bolsa de valores

  • Para ganhar muito dinheiro na bolsa é preciso esperar muito tempo. Meia verdade. O segredo da bolsa é investir no longo prazo, apesar de existirem ações de curto prazo. Porém é verdade que muitas pessoas fazem esse tipo de investimento pensando na aposentadoria. Como as ações sofrem altas e baixas de acordo com o comportamento do mercado, o preço delas também oscilam. Por isso ao longo do tempo as chances de lucro são maiores. Porém é preciso saber escolher em qual empresa investir. 
  • A bolsa é um cassino. Mito. Nos cassinos você está apostando na sorte, ao contrário da bolsa que acompanha os ativos das empresas. Não vá sair comprando ações por aí como se estivesse em um jogo! Antes de investir é preciso fazer análises fundamentadas no histórico das empresas como lucro e endividamento, oscilação dos preços, e técnicas que usam estatística e matemática. O resultado vai depender da sua estratégia e não da sua sorte.
  • É preciso ter muito dinheiro para investir. Mito. É possível começar comprando apenas 1 ação. Se você começar investindo através de Clubes de Investimento ou Fundo de Investimento os valores iniciais podem ser de R$ 100,00 (dependendo das regras do fundo/ação). Especialistas apontam também que investir através desses Clubes pode ser vantajoso, já que eles acabam “diluindo” as taxas administrativas entre os participantes.
  •  Antes de investir é preciso conhecer a empresa. Verdade. Saber o que você está comprando sempre foi fundamental para qualquer coisa na vida e não seria diferente com ações. Se você não tem tempo para examinar a empresa, procure investir por meio dos fundos de ações, pois desta forma um gestor pode verificar para você se este é realmente um bom negócio.
  • É preciso ser especialista. Você não precisa ser um mestre em economia para investir na bolsa. Comece estudando a análise técnica e a análise fundamentalista. A análise técnica é a análise das cotações históricas tendo em vista prever as evoluções futuras das cotações de um título. Neste tipo de análise o investidor deve analisar o histórico e a tendência das cotações. Já no caso da análise fundamentalista o investidor analisa a saúde financeira e operacional da empresa a fim de definir se é interessante ou não investir dinheiro em suas ações na bolsa de valores.
  • Precisa acompanhar todos os dias as ações. Mito. Para investir na bolsa não é preciso acompanhar o mercado diariamente. Isso acontece apenas para aqueles que investem em ações de curto ou curtíssimo prazo. Acompanhar periodicamente o resultado das empresas e do setor é suficiente para alterar a estratégia de investimento, se necessário, e decidir quanto comprar ou vender.
  • Quem não suporta correr riscos não aguenta esse investimento. Verdade. A principal característica desse tipo de investimento é a imprevisibilidade dos dados e informações que podem gerar impactos no preço das ações. Outros fatores que podem desencadear em mudanças no comportamento das ações são: instabilidade econômica, variações nas taxas de inflação como a Selic, no PIB, no consumo e até na produção industrial.
  • É só comprar na baixa e vender na alta.  Meia verdade. Especialistas dizem que é praticamente impossível identificar com certeza quando haverá baixa ou alta nas ações da bolsa. Porém existem algumas dicas que ajudam o investidor a encontrar o momento certo de entrar no mercado ou sair dele. Observar o fluxo dos investimentos estrangeiros nas ações, evitar o efeito “manada” e aplicar as análises técnicas ou fundamentalistas.