Abrir o próprio negócio é o sonho de muitos brasileiros. De acordo com uma pesquisa do Instituto Data Popular feita em 2015, cerca de 39 milhões de brasileiros queriam empreender, sendo que 78% deles já até haviam se preparado para isso pesquisando a área que desejam atuar (38%), guardando dinheiro para investir (28%) e se aperfeiçoando em cursos e estudos (12%).
Se você ainda não está 100% decidido, aqui vai um grande conselho: além de força de vontade você vai precisar de muita persistência. Muitos obstáculos virão pelo caminho (incluindo impostos, falta de mão de obra qualificada, problemas logísticos, etc), mas não estamos aqui para desanimar ninguém, pelo contrário, queremos ajudá-lo a empreender da melhor forma possível. Por isso, antes de tomar esta importante decisão faça o teste aqui e veja se você está pronto!
Feito isso vamos listar aqui algumas estratégias para ajudá-lo a planejar o seu negócio. Vamos lá?
1. Encontre um nicho de mercado rentável que você realmente goste de trabalhar
Não basta encontrar um nicho de mercado promissor, é preciso ser apaixonado pelo que faz. Isso fará total diferença nos momentos mais difíceis. Essa matéria especial da Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios mostra 50 opções de negócio que podem te dar uma ideia na hora de escolher o segmento de mercado que irá atuar. Está pensando em abrir um e-commerce? Dá uma olhada nessa série de artigos: “como montar uma loja virtual passo a passo“. Escolher o segmento correto é fundamental (ainda mais em tempos de crise) e deve ser pensado e repensado várias vezes. Aproveite para pesquisar se outras empresas do mesmo setor que você estão dando certo ou não. Faça o levantamento dos prós e contras, simule uma negociação com um fornecedor, verifique preços de produtos e serviços envolvidos e faça-se a seguinte pergunta: meu negócio é viável?
2. Passada a fase de escolha está na hora de prever todos os gastos iniciais
Mapeie todos os custos iniciais que você terá ao abrir o seu negócio e coloque tudo em uma planilha. Além dos custos com investimento em compra de estoque inicial, esta lista com certeza incluirá itens como: gastos com registro em cartório, aluguel, água, luz, telefone, funcionários, transporte, impostos, sindicatos, INSS, etc.
É importante que você tenha uma empresa formalizada. De acordo com o Sebrae, empresas formais têm mais chances de fechar parcerias, ter aprovação de linhas de crédito, trabalhar com exportação ou receber subsídios do governo. A formalização também dá mais segurança ao empreendimento. Saiba mais aqui.
3- Mantenha-se disciplinado: registre todas as entradas e saídas
Mesmo que sua empresa seja muito pequena (só você), adote a rotina diária de registrar todas as entradas e saídas de dinheiro e fazer orçamentos. Misturar conta pessoal com conta empresarial? Nem pensar. E não se esqueça de ficar de olho nos saques do seu sócio também. Você pode fazer com o auxílio de planilhas financeiras. Veja algumas aqui:
Meça periodicamente o Retorno Sobre Investimento (ROI) da sua empresa. Se necessário adote uma ferramenta de gestão financeira que ajude a manter o fluxo de caixa e os gastos mensais sempre atualizados.
4- Acompanhe as oscilações do mercado
Com a crise é importante estar atento às oscilações de mercado. Já parou para imaginar os impactos do dólar na sua operação se você lida com importações? E a inflação? Como ela afeta o seu negócio? Refaça as contas periodicamente e analise todas as possibilidades de otimizar a sua operação. Isso não significa necessariamente que você tenha que cortar pessoal ou algum investimento que está sendo feito. É olhar mais detalhadamente para verificar se tudo que está sendo investido está realmente trazendo resultados. Nesses casos cautela nunca é demais.
5- Mapeie o ciclo operacional
Toda empresa tem um ciclo operacional. Por exemplo, se você possui uma loja virtual de roupas e acessórios o ciclo geralmente começa na produção ou aquisição das peças, depois a venda, retirada no estoque, entrega, pós-venda e marketing, etc. Estabeleça um valor de custo para cada uma dessas etapas, com base numa análise realista.
6- Faça reservas para situações de emergência
Se você possui um bom planejamento financeiro logo colherá os frutos de uma operação equilibrada e financeiramente saudável. Isso significa que além de ter um bom faturamento você usufruirá também os lucros. Saiba aqui a diferença entre faturamento e lucro. Os lucros podem ser aplicados em um outro tipo de investimento à parte para funcionarem como uma reserva emergencial.
7- Cuidado com promoções e frete grátis
Pense bem antes de realizar promoções, oferecer frete grátis ou mesmo permitir o parcelamento “a perder de vista”. Apesar dessas ações facilitarem a entrada de capital é importante se certificar que elas não irão comprometer a sua margem de lucro. Faça a precificação justa do seu produto levando em consideração todas as despesas da cadeia como custos de produção, pró-labore dos sócios, etc.
8- Cuidado com os juros
Nem é preciso falar que é para ficar longe os empréstimos! Evite ao máximo fazer empréstimos, pois os juros cobrados são assustadores. Por isso recomendamos no item número 6 que você faça uma reserva emergencial.
Veja um checklist aqui:
- Identifique os itens de custos e despesas (valores mensais dos últimos seis meses);
- Separe custos em fixos e variáveis;
- Trabalhe com metas de redução de cada item, se possível detalhadamente mês a mês;
- Apure os motivos quando as metas não são alcançadas;
- Verifique se cada item de custo está agregando valor à sua empresa;
- Cuidado para não suprimir os atuais níveis de qualidade junto com as metas de redução de custos;
- Busque conhecimento especializado;
- Defina o produto ou serviço a partir das perguntas: o que vender? para quem e onde?
- Defina seu objetivo principal a partir das perguntas: vender em novas praças? conquistar grandes clientes? vender um produto novo? aumentar a receita por cliente?
- Defina uma meta por período, por exemplo: alcançar 10 clientes no Rio Grande do Sul até o fim do ano;
Fonte: Samuel Gonsales
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