Como Investir em Fundos de Investimentos Para Ter Rentabilidade

como investir em fundos

Fundos de Investimentos- Com o ano novo chegando, algumas pessoas começam a pensar em novos rumos, novos investimentos. Os fundos de investimentos são uma das opções para quem quer fazer o dinheiro render. Descubra neste artigo se esta modalidade combina com seu perfil.

O que são fundos de investimentos?

Os fundos de investimentos são um mecanismo que reúne o dinheiro de diversas pessoas (chamadas de cotistas) com o  de contratar um gestor para cuidar do dinheiro ali investido. O objetivo final dos cotistas é obter ganhos a partir da aplicação no mercado financeiro.

O fundo funciona de maneira semelhante a um condomínio residencial, onde cada condômino é dono de uma cota (um apartamento) e paga a alguém (síndico ou administrador) para administrar e coordenar as diversas tarefas do condomínio (jardineiro, limpeza, porteiro, manutenção de elevadores e equipamentos de academia, entre outros).

O funcionamento dos fundos de investimentos obedece às normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a um regulamento próprio. É importante que se faça a leitura do regulamento do fundo de investimento, pois é nele que poderão ser encontradas as regras de diversificação da carteira de ativos, grau de risco e etc.

Como investir em fundos de investimentos

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O primeiro passo é escolher o fundo que mais atenda aos seus objetivos. Depois disso, é preciso procurar informações de quais são os procedimentos que a instituição financeira escolhida determina para fazer a primeira aplicação.

Na maioria dos casos, as empresas solicitarão o preenchimento de um cadastro, cópia dos documentos pessoais e, talvez, a abertura de uma conta-corrente  Há vários canais de atendimento para auxiliar os investidores: agências, centrais telefônicas, internet e consulta pessoal.

Tipos de fundos de investimentos

Os fundos de investimentos são regidos e classificados de acordo com as normas determinadas pela Instrução 555, de 17/12/2014 da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), em vigor desde 1º de outubro de 2015.

No Brasil, é possível aplicar em fundos de curto prazo, referenciados, renda fixa, multimercados, ações, cambiais ou de dívida externa. O nome do fundo sempre fará menção à classe em que ele se encontra – mesmo que haja também um nome fantasia.

  • Curto Prazo

Os fundos de curto prazo buscam acompanhar as variações das taxas de juros, investindo exclusivamente em títulos públicos federais prefixados ou privados de baixo risco de crédito.

Com um prazo máximo de resgate dos papéis de 375 dias e prazo médio de carteira de no mínimo 60 dias, os fundos de curto prazo são considerados investimentos conservadores e de baixo risco.

Ainda que a margem de rentabilidade seja pequena, o produto é interessante para quem tem planos que devem se concretizar em menos de 12 meses, como o pagamento das últimas parcelas de um carro ou de um apartamento.É importante lembrar que investimentos de prazo mais curto pagam mais impostos.

  • Referenciados

Apontam em seu nome o indicador de desempenhos que a carteira acompanha. O instrumento é usado para comparar a rentabilidade entre diferentes investimentos.

Fundos referenciados são considerados seguros por terem um piso de 80% dos investimentos em títulos públicos federais ou em títulos de renda fixa privados na categoria de baixo risco de crédito.

  • Renda Fixa

Investem no mínimo 80% dos seus recursos em ativos de renda fixa prefixados (que rendem uma taxa de juros previamente acordada), ou pós-fixados. Como não precisam acompanhar o desempenho das taxas de juros, estes fundos buscam retornos adicionais em cenários de recuo nas taxas de juros.

Isso acontece porque existe a possibilidade de investimento de parte ou mesmo da totalidade do patrimônio em títulos prefixados, ou seja, que irão render determinada taxa independente das oscilações do mercado.

  • Multimercados

Alocam seus recursos em diversas formas de ativos, combinando investimentos em renda fixa, câmbio, ações e derivativos (operações em que o valor das transações deriva do comportamento futuro de outros mercados, como o de ações ou de juros).

O risco neste tipo de investimento varia de médio a alto: depende da natureza dos papéis que compõem a carteira e da estratégia escolhida pelos gestores para a administração do patrimônio.

A procura pelas melhores oportunidades para diversificar os ativos do fundo se assenta sobre o talento e experiência desses profissionais, que devem combinar a aplicação do percentual ideal dos recursos em cada um dos mercados e investir o dinheiro no momento mais propício.

  • Ações

Com no mínimo 67% da sua carteira alocada em ações negociadas em Bolsa de Valores, estes fundos estão sujeitos às mudanças de preços dos ativos e contam com o potencial de valorização dos papéis na busca por rentabilidade.

O risco para o investidor é alto, apoiado na volatilidade e inconstância do mercado acionário. De uma forma geral, atraem investidores agressivos que querem aumentar a margem de lucro sem a urgência de um retorno imediato.

Investir em fundos de ações significa aceitar riscos em troca da chance de aumentar o capital em um prazo maior. Não são indicados para quem precisará do dinheiro no curto prazo.

  • Cambiais

Mantém no mínimo 80% do seu patrimônio em ativos atrelados, direta ou indiretamente, à variação de preços de uma moeda estrangeira ou à mudanças na taxa de juros (cupom cambial). Esses fundos são uma alternativa para investidores que buscam preservar o poder de compra do seu patrimônio na moeda estrangeira a longuíssimo prazo.

  • Dívida Externa

Investem no mínimo 80% do seu patrimônio em títulos representativos da dívida externa de responsabilidade da União. O restante pode ser aplicado em outros títulos de crédito transacionados no exterior.

A rentabilidade dos fundos de dívida externa é determinada por uma combinação entre a taxa de juros paga pelos ativos, o desempenho dos papéis no mercado internacional e a taxa de câmbio entre o dólar e o real. Alguns bancos só oferecem esse tipo de fundos a pessoas jurídicas.

Qual o custo dos fundos de investimentos para o investidor?

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Os fundos de investimentos precisam remunerar os seus gestores e as estruturas de custos que envolvem a sua constituição. Esses custos variam de fundo para fundo, podendo cada um ter um valor diferente. Existem três custos básicos que compõem os fundos de investimentos:

  • Taxa de administração – é uma taxa anual que é cobrada do investidor (cotista), com a finalidade de remunerar o gestor e os demais agentes envolvidos na estrutura do fundo.
  • Taxa de performance – muitos fundos cobram a chamada taxa de performance, que é uma remuneração adicional ao gestor em caso de rentabilidade acima de um determinado indicador. O interessante dessa cobrança adicional é que o gestor só fará jus a ela se tiver a capacidade de entregar ao cotista uma rentabilidade superior ao indicador pré-definido, o que é muito positivo.
  • Imposto de renda – é o imposto cobrado pelo governo em cima dos ganhos que o cotista vier a auferir através dos fundos de investimentos.

Quais os riscos de um fundo de investimentos?

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O risco dos fundos de investimentos não está associado à instituição financeira que faz sua gestão, mas sim à sua estratégia de investimentos.

Nesse momento, muitas pessoas são induzidas a pensar que se investirem em fundos de bancos públicos, como o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica, por exemplo, estarão menos expostas ao risco. Essa percepção é COMPLETAMENTE equivocada.

Um fundo de ações do Banco do Brasil, por exemplo, é muito mais arriscado que um fundo de Renda Fixa de um banco como o BTG Pactual, simplesmente porque o que define o risco são os ativos que compõem a carteira.

Dessa forma, o que define o risco de um fundo é tão somente a sua política de investimentos prevista em seu regulamento.

Como escolher os fundos de investimentos para sua carteira?

A escolha dos fundos de investimentos que vão compor uma carteira baseia-se justamente no planejamento de investimentos individual de cada investidor, assim como a sua propensão a risco. As taxas de administração também devem ser avaliadas, pois elas podem criar impactos na rentabilidade.

Exemplos de taxas adequadas para fundos de investimentos:

  • Fundo DI: até 0,5% a.a.
  • Fundo de Renda fixa: até 0,8% a.a.
  • Fundo multimercado: até 2% a.a. dependendo da estratégia
  • Fundo de ações: até 3% a.a. no máximo se fundo de gestão ativa