5 dicas de educação financeira pessoal para usar o seu dinheiro de forma eficaz
Você odeia a sensação de quando “sobra mês no fim do salário”? Também não aguenta mais dizer que vai guardar dinheiro e começar a investir para garantir o seu futuro de forma segura e confortável?
Pois é, todos gostaríamos de ser financeiramente educados e saber exatamente quanto guardaremos em cada mês. Sem surpresas e empecilhos que se colocam entre nós mesmos e os nossos objetivos financeiros.
Mas economizar não quer dizer, necessariamente, cortar todos os gastos indefinidamente e viver a pão e água. Extinguir quaisquer formas de lazer porque você precisa “juntar dinheiro a qualquer custo”.
Se você é um leitor ávido dos nossos artigos e de outros materiais de economia e educação financeira, já deve ter entendido que há muito mais do que se pensa por trás de “poupar grana”: há planejamento, estruturação de prioridades, discussão de objetivos e etecetera.
No artigo de hoje, vamos dar dicas sobre como se educar financeiramente. Mas, como dissemos acima, não estamos falando em parar de comprar qualquer coisa: a palavra-chave desse artigo é eficácia.
Ao invés de inúmeros motivos que levarão você a se sentir compelido a simplesmente parar de gastar completamente (o que pode ser pouco saudável, pois sabemos que o rompante repentino pode levar à comportamentos compulsivos), vamos explorar como usar o seu dinheiro de forma eficaz.
“ – O que é eficácia? ”, você pode me questionar.
Pois bem, existem vários conceitos para a palavra. No Dicionário Houaiss, eficácia significa:
«1. Virtude ou poder de (uma causa) produzir determinado efeito; qualidade ou carácter do que é eficaz. 2. Segurança de um bom resultado; validade, actividade, infalibilidade. 3. Poder de persuasão. 4. Efeito útil. 5. Qualidade de quem ou do que tem uma acção eficaz; capacidade, produtividade. 6. Real produção de efeitos. (…)»
Resumidamente, podemos dizer que o termo aplicado para o significado de gastar dinheiro significa que os consumos serão de qualidade, bem escolhidos e definidos; com um propósito.
Dito isso, vamos às nossas 5 dicas!
Dica #1: Faça a sua planilha.
Esta ferramenta é importantíssima na hora de elencar a prioridade de gastos, como já explicamos aqui no passo-a-passo para montar a sua própria planilha.
Não se planejar é uma falha enorme tentar se educar financeiramente e controlar os seus gastos para melhorar o seu orçamento. Esse tipo de erro te leva ao descontrole.
Ao desenvolver a sua planilha, lembre-se da palavra-chave: eficácia.
Desconte os gastos obrigatórios (aluguel, plano de saúde, contas de energia e água…) e acrescente as suas fontes de renda. Feito isso, fica mais fácil entender em qual categoria de gasto o seu dinheiro pode (e deve) ser poupado.
Dica #2: Crie um orçamento.
A planilha vai te nortear em relação ao seu histórico de gastos e remuneração, te ajudando a compreender quais as suas falhas e necessidades.
Com ela, você será capaz de criar um orçamento fiel à sua realidade e nivelar os seus objetivos dentro das suas necessidades. Não adianta você querer poupar R$ 3 mil reais mensais quando você ganha R$ 5 mil todo mês e os seus gastos fixos consomem R$ 2 mil.
Ao considerar os seus gastos fixos no planejamento, lembre-se de fazer a média de cada mês ao longo do último ano e acrescentar 5% (ex.: se o seu aluguel é R$ 1 mil, estime-o como sendo R$ 1.050 mensais).
Dica #3: Use os impostos ao seu favor.
Dentre as várias formas de investimentos e aplicação das quais já falamos por aqui, várias delas te proporcionam benefícios agregados aos impostos.
Por exemplo, se você coloca o dinheiro diretamente na folha de pagamento de um plano de previdência, é possível abater esse valor do imposto de renda
Algumas empresas, inclusive, oferecem uma combinação parcial para contribuições de aposentadoria, o que pode ajudar mais ainda.
Dica #4: Respeite o seu planejamento.
É tentador dar uma escapadinha do definido na sua planilha e poupar 5% ao invés dos 12% delimitado por você no momento do planejamento.
Entretanto, sabemos que de modo a fazer funcionar os planos e atingir os seus objetivos, é necessário ser fiel e honesto com os seus próprios gastos.
Anote tudo e transfira logo que receber o salário a quantia destinada para ser investida, dessa forma você sofrerá menos tentações ao ver aquele dinheiro parado a conta corrente.
Se você sabe quanto vai ganhar mês após mês, use essa ferramenta ao seu favor e saiba sempre quanto poderá poupar, respeitando estes valores.
Dica #5: Invista.
Seja em ações da bolsa de valores, Tesouro Direto, CDB, Previdência Privada ou qualquer outro tipo de investimento, o importante é não deixar o seu dinheiro parado!
Esteja sempre estudando e diversificando os seus modelos de investimento: é importante não apostar todo o seu dinheiro em apenas um tipo.
Dica: apesar de não apresentar resultados tão substanciais quanto os citados acima, experimente pequenos exercícios para te ajudar a compreender como pequenos valores podem virar grandes montantes. Exemplo: guarde seus trocos pelo período de um mês e se surpreenda com a quantidade.
Considerações finais
Planejamento é a chave para obter sucesso a maioria das coisas das nossas vidas: o seu orçamento não poderia ser diferente.
Lembre-se que essas regras são únicas: estude, pesquise e modele a sua vida financeira dentro aquilo que mais condiz com a sua capacidade de respeita-las.
No fim das contas, o importante é que você consiga corrigir os erros, planejar e poupar. Dessa forma, respeitando o que foi estabelecido por você, é só observar a sua vida financeira mudar diante dos seus olhos!