Melhores formas de investimentos – Para quem quer começar a aplicar, conhecer as melhores formas de investimentos é a chave do sucesso. Especialistas em planejamento financeiro recomendam que você separe um valor mensal para investir todos os meses, mas o investidor iniciante, por vezes, tem receio de apostar em outras modalidades de investimento e acabam escolhendo a poupança.
O rendimento da poupança tem sido bem inferior ao de outros investimentos e atualmente paga apenas cerca de 8% ao ano. Já outros investimentos de renda fixa, que têm sua forma de remuneração definida no momento da aplicação, são igualmente seguros e podem render muito mais.
Para garantir as melhores formas de investimentos e apostar que a rentabilidade destes fique acima da poupança, é preciso pesquisar sobre eles e tomar alguns cuidados.
Para te ajudar na tarefa de explorar as melhores formas de investimento, listamos as melhores formas de investimentos de baixo risco, pouco complexos e com rendimentos que deixam a poupança no chinelo.
Tesouro Selic
É um título público que pode ser negociado por meio do Tesouro Direto. Ele paga ao investidor a variação da taxa básica de juros – a taxa Selic – durante o período da aplicação. Como o emissor dos títulos é o governo, ele tem baixíssimo risco de crédito.
Diferentemente de outros títulos públicos, o Tesouro Selic não apresenta risco de prejuízo ao ser vendido antes do prazo. No máximo, ele pode ter uma taxa deduzida da variação da Selic paga para compensar o Tesouro pela venda antes do prazo.
Mas nada que se compare ao risco de prejuízos dos outros títulos, que ao serem vendidos antes do vencimento podem gerar perdas significativas do valor investido.
Outra grande vantagem, comum a todos os títulos públicos, é que eles são muito democráticos: o investidor que aplica 100 reais tem exatamente a mesma rentabilidade de quem aplica 1 milhão de reais.
A aplicação mínima inicial é de 30 reais e qualquer um pode investir, basta procurar um banco ou uma corretora para intermediar a negociação e escolher o título público que melhor se encaixa no seu objetivo. .
Certificado de Depósito Bancário (CDB)
Ao aplicar em um CDB, o investidor empresta dinheiro ao banco e é remunerado por isso, enquanto o banco utiliza os recursos captados para emprestá-los a outros clientes.O mais comum é que os CDBs sejam pós-fixados e atrelados à taxa DI, o que significa que eles pagam ao investidor certo percentual dessa taxa, que fica muito próxima à taxa Selic.
Esse investimento tem exatamente a mesma segurança que a poupança porque ambos contam com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito [FGC], mas o retorno do CDB chega a ser o dobro do retorno da caderneta.
O FGC é uma entidade mantida pelos próprios bancos para garantir a segurança do mercado financeiro. Em caso de quebra do banco, ele reembolsa ao investidor o seu prejuízo até o limite de 250 mil reais por conta e por CPF.
Ainda que os CDBs sofram desconto do Imposto de Renda (IR) , o banco pode oferecer uma rentabilidade mais alta para eles do que para investimentos isentos porque os valores captados com esse título não precisam ser destinados para uma linha de crédito específica.
Outra vantagem dos CDBs é que muitos oferecem liquidez diária, ou seja, permitem o resgate do valor investido a qualquer momento. No entanto, as melhores remunerações são obtidas nos CDBs de longo prazo, com vencimento em um, dois ou três anos.
Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)
A LCA é o título emitido pelos bancos para financiar participantes da cadeia do agronegócio. Sua principal vantagem é a isenção de IR, benefício concedido pelo governo como forma de incentivar o crédito ao setor.As LCAs também contam com a proteção do FGC, assim possuem o mesmo risco de crédito que a poupança, que também é protegida pela entidade.
Já as desvantagens desta modalidade são os prazos de vencimento mais longos e a exigência de aportes maiores do que o CDB. A baixa liquidez, ou seja, a dificuldade de resgatar os recursos antes do prazo também deve ser considerado antes de apostar neste investimento.
Letra de Crédito Imobiliário (LCI)
Muito semelhante à LCA, a LCI também conta com isenção de IR e é o título emitido pelos bancos para obtenção de recursos destinados a financiamentos do setor imobiliário. Sua desvantagem pode ser também o aporte inicial elevado e o prazo mais longo.
A remuneração da LCI, assim como do CDB e da LCA, pode variar muito de acordo com a estratégia de cada banco. Se por ventura o banco precisar captar recursos para fornecer crédito a um empreendimento imobiliário, por exemplo, ele pode emitir LCIs com taxas superiores às taxas da LCA e do CDB.
Por isso, é importante pesquisar entre diferentes bancos as taxas oferecidas e comparar as rentabilidades dos CDBs, LCIs e LCAs para checar qual título oferece o maior rendimento.A LCI tem o risco de crédito semelhante ao da poupança e da LCA, já que também conta com a proteção do FGC.
Fundos DI
Os fundos referenciados DI são tipos de fundos que aplicam majoritariamente em investimentos que acompanham as variações da taxa DI. Eles oferecem baixo risco, já que os investimentos atrelados à taxa DI costumam ser conservadores.
Apesar de não contarem com a proteção do FGC, como os fundos possuem CNPJ próprio, por mais que a instituição responsável vá à falência, o fundo não é afetado, apenas passa a ser gerido por outra instituição.
As desvantagens do investimento são a taxa de administração e o desconto de IR, cobrado por meio do sistema de tributação conhecido como “come-cotas”, no qual o imposto é cobrado duas vezes ao ano (em maio e novembro) e é deduzido por meio da redução do número de cotas do fundo – daí seu apelido.
Outro problema dos fundos DI é que não existe nenhuma garantia de que o fundo conseguirá atingir a uma rentabilidade de 100% da taxa DI, portanto cabe ao investidor buscar um gestor com bom histórico, que seja capaz de bater a taxa DI.
Por conta dessas desvantagens, os fundos DI são interessantes apenas para investidores que querem deixar toda a responsabilidade para o gestor.
Importante: Diversifique
O investidor ganha muito quando investe seu dinheiro em modalidades diferentes. Ainda que as aplicações citadas estejam entre as mais conservadoras do mercado, nenhum investimento está totalmente livre de riscos.
Diversificando os investimentos, você não corre o risco de concentrar todos os recursos em um só e perder 100% do dinheiro se o improvável ocorrer.