Não se fala em outra coisa. No bar, no trabalho e até em casa, a crise econômica já se tornou tema recorrente de discussão. Inflação em alta, aumento da taxa de desemprego, desaceleração do crescimento. Estes são alguns sinais mais evidentes de que, os bons anos de bonança econômica já ficaram para trás.
A questão agora, entre os especialistas é saber quando a crise vai começar a diminuir e o que fazer enquanto ela ainda está em vigor. Apesar de não ser possível “adivinhar” uma data certa, a maioria dos economistas concorda que o ano de 2016 ainda sofrerá os reflexos da crise e que o Brasil só começará a vislumbrar melhora econômica a partir de 2017.
Com este cenário, muitos podem estar se perguntando: será uma boa hora para investir ou seria melhor economizar?
Primeiro é preciso entender que uma coisa não exclui a outra. A maioria dos especialistas em finanças ensina que o primeiro passo para quem está começando a aprender sobre investimentos é aprender a poupar. Num cenário de recessão econômica como o que vivemos agora, reduzir custos desnecessários ou fazer uma reserva de recursos é sim uma boa opção para equilibrar as contas em caso de emergência.
Leia aqui: Fuga de recursos da poupança diminui pelo segundo mês seguido
Porém, mesmo poupando você também pode investir (nos investimentos mais adequados para este momento). Veja algumas perguntas-chave para você se fazer antes de decidir qual aplicação financeira será melhor para você nesse momento:
• Quanto vou aplicar?;
• Qual o período de tempo das aplicações?;
• Qual o risco estou disposto a tomar em função da minha expectativa de rentabilidade das aplicações?
Leia aqui: Perfil de investidor: você qual é o seu?
Segundo o especialista educador financeiro e presidente da Associação Brasileira de Educação Financeira, Reinaldo Domingos, é preciso traçar uma estratégia para realizar algum investimento. Reinaldo aponta que investir no dólar ou na poupança não são medidas aconselháveis, visto que a moeda norte-americana está em alta e a poupança vem rendendo menos que a inflação. O mercado de ações, segundo ele é recomendado se houver a orientação de um especialista. Veja abaixo alguns tipos de aplicação financeira que são bons e outros que não são nesse momento, segundo alguns especialistas do Economia UOL:
Devem ser bons investimentos:
- Tesouro Direto: por ser uma plataforma de compra direto dos títulos do governo, quem aplica R$ 30 tem a mesma rentabilidade de quem investe R$ 1 milhão. A grande vantagem, em um contexto de instabilidade é a liquidez: o Tesouro Nacional garante a recompra diária dos seus títulos públicos. Ou seja, você poderá vender antecipadamente os títulos adquiridos no Tesouro Direto ao Tesouro Nacional, todos os dias, a preços de mercado.
- CDB: investimento interessante para quem quer ter rentabilidade melhor que a poupança, apesar de pagar imposto de renda, um CDB que paga 100% do CDI tem rendimentos melhores que a poupança. A grande vantagem é que este investimento não tem prazo mínimo para resgate. (Leia mais aqui sobre as vantagens e desvantagens do CDB)
- Fundos de renda fixa: são uma boa opção, mas é preciso cuidado com taxas. O recomendável em fundos DI é que a taxa de administração não passe de 1% ao ano. Faça uma boa pesquisa.
- LCI e LCA: possuem isenção de imposto de renda para pessoa física e possuem um prazo mínimo de resgate de seis meses dias (a Caixa tem um prazo mínimo de 60 dias). O ideal é aceitar papeis que paguem no mínimo 95% do CDI.
Leia: É possível ter segurança e rentabilidade ao mesmo tempo?
Devem ser ruins:
- Poupança: Apesar de ser isenta de Imposto de Renda e taxas de administração, a poupança perde atratividade com os juros altos, pois sua remuneração é fixa em 0,5% ao mês mais TR.
- Bolsa: os especialistas apontam que o processo de impeachment será fundamental para determinar o desempenho da bolsa. Dependendo do resultado das votações, poderá haver mais animação dos investidores para comprar ações ou não. Mas enquanto a situação permanece indefinida e a taxa de juros estiver elevada, o risco para investir no mercado de ações é cada vez mais alto.
- Dólar: Não é recomendado como investimento. Os especialistas aconselham a comprar a moeda apenas se for viajar. Nesse caso, a compra deve ser feita aos poucos, para diluir o risco do preço. (Leia aqui como o dólar pode influenciar nas aplicações financeiras)
- Fundos imobiliários: São condomínios de investidores em imóveis. O patrimônio pode ser composto de imóveis comerciais, residenciais, rurais ou urbanos, construídos ou em construção, que serão vendidos, alugados ou arrendados.
- Imóveis: Em 2016, imóvel deve ser bom só para quem quer morar, não investir. O aluguel rende em geral 0,5% do valor do imóvel. Na renda fixa, consegue-se 1%, diz Magalhães. O aluguel de um apartamento de R$ 1 milhão daria R$ 5.000. Se investisse R$ 1 milhão na renda fixa, conseguiria o dobro, R$ 10 mil. Ainda há os custos enquanto o imóvel estiver desocupado: IPTU, condomínio e manutenção.
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